O 9 de Ouros é a nossa carta do tarot para a Lua Minguante de 26/08/24 a 02/09/24
É fato: muita gente se frustra ao ganhar muito dinheiro e acumular muitos bens e, de repente, descobrir que, mesmo com essas conquistas, não consegue se sentir feliz sendo uma pessoa solitária.
A crença de que a felicidade vem em um pacote fechadinho com as riquezas materiais independentemente das outras condições da nossa vida é muito difundida e adotada, mas continua sendo uma das maiores ilusões às quais somos submetidos desde a infância, e o 9 de Ouros é uma das cartas de tarot que a ilustram.
É claro que ficar sozinho é bom. Chamamos esse estado desejado de solitude, que pode ser uma grande fonte de descanso, satisfação, autoconhecimento, celebração das próprias conquistas, entre outros benefícios. É óbvio que ter dinheiro também é muito bom. Não só bom, como necessário, já que quase toda a nossa vida como ser humano na dinâmica da sociedade em que vivemos depende dele. Essas duas condições são representadas pela face positiva do 9 de Ouros.
Porém, solitude é diferente daquela solidão que nos angustia por não termos com quem compartilhar ideias, momentos, abraços, sorrisos. E possuir dinheiro é muito diferente de ser possuído por ele, chegando ao ponto de praticamente viver apenas para lucrar e acumular. Esse outro lado da moeda que é bastante problemático é representado pela face negativa do 9 de Ouros, que é onde o ser não consegue ficar satisfeito ao se flagrar solitário, mesmo com as suas riquezas, e começa a se perguntar: “com quem eu vou compartilhar tudo isso?”
O problema aqui é que, assim como geralmente acontece no acúmulo de riquezas, não se constroem relações profundas e confiáveis do dia para a noite. Não é só para ficarmos ricos que precisamos nos dedicar, mas também para construirmos laços fortes e amorosos com pessoas que nos façam sorrir por dentro e por fora simplesmente pela sua presença.
Um 9 de Ouros negativo nos alerta para uma jornada excessivamente voltada para o acúmulo de riquezas que culmina em uma solidão, e não em um momento agradável de solitude que poderia ser intercalado com boas companhias, trocas e abraços, o que é, de modo geral, o mais apropriado para nós, seres com necessidade tanto de introspecção quanto de sociabilidade.
Se passamos tempo demais olhando para as “nossas” conquistas, para a “nossa” caminhada, para a “nossa” realização profissional, poderemos pagar um alto preço emocional depois. E, como afirmei no título, bens materiais não preenchem o vazio da solidão. Eles podem mascarar, sim. Mas as verdades da alma não tardam a vir à tona.
Nessa Lua Minguante das reflexões profundas, te convido a pensar sobre tudo isso.
ความคิดเห็น